A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas assegurou em Ponta Delgada que o Governo dos Açores não abdicará da fixação de Obrigações de Serviço Público (OSP) para o transporte de carga aérea.
Ana Cunha salientou que, independentemente de um operador privado vir a operar para São Miguel, “a perspetiva do Governo é de não abdicar de Obrigações de Serviço Público, porque entende que a vinda desse privado não colmata as necessidades de todas as ilhas”.
A titular da pasta dos Transportes, que falava aos jornalistas à margem da Reunião dos Diretores Gerais da Aviação Civil da Conferência Europeia da Aviação Civil, frisou que a operação privada é “um complemento, não a solução”.
Ana Cunha adiantou que, embora não tenha conhecimento formal da decisão do concurso público, “já é público que o relatório do júri não indicará para adjudicação a ninguém, porque o proponente não cumpre o caderno de encargos” e, sendo assim, deve-se "continuar a reclamar a fixação de OSP para a carga”, nomeadamente através do lançamento de novo concurso, após revisão das obrigações.
Em relação ao início da operação do Consórcio Mais, a Secretária Regional salientou que, pelas informações que lhe foram transmitidas pela SATA, este consórcio “está a negociar com a empresa os 'slots' de tempo para o aeroporto, numa determinada faixa horária pretendida, e que só estariam disponíveis para a SATA a partir de setembro.
A Secretária Regional abordou ainda o processo de alienação de 49% do capital social da Azores Airlines, adiantando que decorre "a fase de análise da proposta".