Aumenta de 9 para 12,5 milhões...
Em comunicado, a estrutura partidária liderada por Manuel Eleutério Serpa, reage às declarações públicas do Presidente da Associação de Armadores da ilha que disse não reconhecer qualquer legitimidade ao CDS-PP para falar do sector das pescas, na sequência de uma tomada de posição dos populares na semana passada.
Ora, Manuel Eleutério Serpa “lamenta profundamente” e “repudia de forma veemente” a postura do Presidente da Associação de Armadores da Ilha do Pico que, “infelizmente, nos últimos anos, o que tem sabido fazer é receber subsídios governamentais com pompa e circunstância, sem concretizar devidamente a aplicação de dinheiros públicos”.
Dizem os centristas da ilha montanha que “esta Associação, dirigida por familiares de altos responsáveis socialistas nesta ilha, só para se ter uma ideia do que faz com os dinheiros públicos que aufere, tem andado a defender projectos de embarcações novas, algumas para pessoas inválidas que nunca foram pescadores na vida, e outros construíram embarcações sem serem profissionais, estando estes barcos em terra, todo o ano, ao Deus dará”.Em sentido inverso, acrescenta Manuel Serpa, “alguns dos verdadeiros profissionais da pesca que pretendiam substituir as suas embarcações velhas por novas e melhores apetrechadas não o puderam fazer porque teriam que manter a mesma força do motor”.
Os democratas-cristãos alegam que “os amigos” do Presidente da Associação de Armadores tiverem outras benesses: “Depois dessas embarcações serem vendidas a alguns inválidos que nunca foram profissionais da pesca, já tiveram o direito a fazer novas embarcações com motores mais fortes, ou seja, com o apoio do Presidente da Associação de Armadores e dos ‘padrinhos’ públicos”.
Assim, a Comissão Política da Ilha do Pico “lamenta que a Associação de Armadores de Pesca Artesanal tenha um presidente que defende os seus interesses pessoais e os dos amigos, esquecendo-se que os homens do Pico sempre tiveram um pé em terra e outro no mar”.Eleutério Serpa vai mais longe e lembra que “com métodos de arrogância, a maioria dos pescadores abandonaram o sector das pescas, e, os armadores, grande parte deles, vão buscar tripulantes ao exterior, cujo dinheiro, ao fim da faina, não fica na Ilha, nem na Região. É assim que queremos criar emprego na nossa Ilha, criando desenvolvimento e riqueza?”, questiona.Com estes métodos, salienta, “não se cria riqueza social, nem desenvolvimento económico. Sustenta-se antes a política da subsídio-dependência, mantendo-se desta forma muitos galos que cantam de cima do poleiro, porque tem as costas largas dos ‘amigos’ que os protegem”, concluem.
São Roque sem água para lavoura
Entretanto, depois da denúncia relativamente ao Concelho das Lajes do Pico, os populares picoenses alertam agora as autoridades públicas competentes, para o facto de no Concelho de São Roque não existir qualquer infra-estrutura de disponibilização de água ao sector agro-pecuário, assim como para o facto de estar a ser desperdiçada água de uma nascente na Prainha do Norte.
“A Comissão Política do CDS-PP da Ilha do Pico emite este Comunicado no sentido de, por um lado, se congratular com o esclarecimento da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas de que o IROA (Instituto Regional de Ordenamento Agrário) tenha já detectado os problemas nos sistemas de abastecimento de água à lavoura no Concelho das Lajes, e, por outro, denunciar que o Concelho de São Roque do Pico não tenha merecido nos últimos anos qualquer investimento em sistemas de disponibilização de água para o sector agro-pecuário”, lê-se no comunicado centrista.
Frisando que, quanto às Lajes, os investimentos agora anunciados “já deveriam ter sido o ano passado”, Manuel Serpa afiram ser “lamentável que ao fim de quase quatro décadas de Governo próprio na nossa Região, o Concelho de São Roque tenha sido ignorado pela Secretaria da Agricultura, não tendo ainda hoje qualquer infra-estrutura de distribuição de água para a lavoura”.
Os democratas-cristãos vão mais longe e destacam que “a Praínha do Norte tem um grande potencial agrícola e uma nascente de água de qualidade abandonada”.
“Apesar de se ouvir os nossos governantes falar de avultados investimentos no sector, o que é certo é que na estrada da Meia Encosta, desde a Terra Alta até São Roque, não existe um único reservatório de água à lavoura que aproveite a água da ex-nascente da Praínha, cujo ramal e infra-estruturas são pretensa da Câmara Municipal de São Roque e esta estará, com certeza, disponível para transferi-las para o IROA”, dizem.
Serpa salienta que os lavradores de São Roque “fazem dezenas e dezenas de quilómetros nos momentos mais críticos, quando poderiam economizar tempo e combustíveis se existissem 2 ou 3 reservatórios que aproveitassem aquele precioso líquido junto da estrada de Meia Encosta”.
A finalizar, os populares propõem “aos nossos governantes para analisarem a situação actual e para fazerem um investimento no Concelho de São Roque, onde os lavradores também necessitam de ser apoiados nos momentos mais críticos do ano”.
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