Empresas do setor público dos ...
Entre esses projectos avultam os relacionados com o reforço do contributo das energias renováveis para a produção de energia eléctrica, área em que, aliás, Carlos César elogiou os resultados entretanto alcançados e de que adiantou alguns dados significativos.
“Entre 1996 e 2009, o contributo das energias renováveis para o sector eléctrico aumentou dez vezes”, revelou, frisando, no entanto, que a EDA não deve perder de vista o objectivo que está plasmado no plano energético regional, que é o de atingir, em 2014, um contributo das renováveis na ordem dos cinquenta por cento.
Tendo em conta que, em termos de consumo de energia global nos Açores, o sector rodoviário, por si só, representa um terço, Carlos César chamou também a atenção para a necessidade de introduzir naquele sector mais automóveis movidos a energia eléctrica, objectivo que, de resto, disse que a EDA vem também perseguindo, bem como o Projecto Green Island.
O Presidente do Governo falava no final de uma reunião, a que presidiu, do Conselho de Administração da Electricidade dos Açores SA, liderado por Roberto Amaral, na qual participaram, para além do Vice-Presidente, Sérgio Ávila, e do Secretário Regional do Ambiente, Álamo de Meneses, e representantes de outros accionistas do Grupo EDA. Para Carlos César, o encontro representou não só uma evidenciação da importância estratégica da área de negócios do Grupo EDA, que engloba produção, transporte, distribuição e comercialização de energia nas ilhas dos Açores, mas também do valor da parceria entre o Governo Regional, accionista maioritário, e os accionistas de referência, a ESA e a EDP.
“Quisemos, também, dar nota pública do envolvimento do Governo Regional nas decisões e nos investimentos estratégicos que estão previstos”, afirmou, salientando que a Electricidade dos Açores, para além de um dos maiores empregadores da região, com quase mil trabalhadores, é igualmente um dos maiores investidores, apresentando resultados positivos nos últimos anos.
Sublinhando não ter nenhum preconceito relativamente à estrutura da EDA, revelou que “não estando prevista, de imediato, qualquer alteração sensível da alteração da estrutura accionista, esta não é uma matéria que deva estar afastada de qualquer decisão a médio e longo prazo.
”O Presidente do Governo acrescentou mesmo que não haverá problema em a região perder, eventualmente, a maioria do capital na empresa, já que a regulação existente no sector eléctrico deixa pouca margem de decisão aos accionistas em aspectos fundamentais de gestão.
Por outro lado, a convergência do tarifário eléctrico – processo cuja aplicação nos Açores Carlos César disse ter sido extraordinariamente importante – foi realçada como um dos aspectos que o Governo regional quis salientar positivamente com a sua presença, esta manhã, na sede da EDA.
“Para termos, hoje, um equilíbrio de exploração, teríamos, por exemplo, de aumentar a tarifa de energia eléctrica aos consumidores, em sessenta e oito por cento”, revelou, para logo dizer que, felizmente, esse cenário foi afastado com, exactamente, a convergência do tarifário, que também proporcionou a vinda de importantes e volumosos recursos financeiros.
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