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A opinião é do secretário regional da Economia, Vasco Cordeiro, e foi expressa na Assembleia Legislativa Regional, durante uma Comunicação do Governo aos parlamentares açorianos.
Para o governante, o acordo é claramente favorável aos interesses dos Açores.
Se os Estaleiros em devido tempo receberam cerca de 37milhoes de euros a título de adiantamento do preço pela construção dos dois navios, a verdade é que a Região acordou receber 40 milhões de euros, dos quais 32 milhões já foram recebidos, adiantou Vasco Cordeiro.
O secretário regional considerou ainda que há outros aspectos que “comprovam o acerto e o mérito do acordo”, como sejam as questões relativas ao tempo de uma decisão judicial definitiva.
O secretário regional revelou ainda que já decorrem, por iniciativa do Governo, os trabalhos destinados à elaboração de um estudo global e integrado sobre o transporte marítimo nos Açores e estão igualmente em curso os projectos para os novos navios que irão substituir o “Cruzeiro das Ilhas” e o “Cruzeiro do Canal”.
Segundo referiu, o Governo já contratou também as obrigações de serviço público de transportes marítimos no Grupo Central, com um aumento de rotas e de frequências que visam “demonstrar o potencial desse tipo de transporte para o desenvolvimento da economia regional”.
Intervindo sobre a comunicação do governo, Aníbal Pires do PCP quer que “a comissão de inquérito apure as responsabilidades políticas que estão por explicar”. Esclareceu que a “comissão de inquérito, não foi criada mais cedo porque o PSD não quis”.
Tomando a palavra, a deputada Zuraida Soares do bloco de esquerda, afirmou que “todos andam no mesmo assunto há muito tempo, acabando sempre por dizer as mesmas coisas”. Defendeu a “necessidade da comissão continuar a fazer o seu trabalho para apurar as responsabilidades políticas daquele imbróglio”.
Da bancada do CDS-PP Artur Lima, disse que “foi útil tirar para fora dos tribunais todo o processo que iria demorar vários anos”. Contudo afirmou que “o assunto não pode ficar encerrado, há que apurar como o bebé nasceu e cresceu, sem saber andar e sem poder correr”.
Da bancada do PSD Jorge Macedo, disse que a sua bancada sempre interveio sobre aquele processo, que afirmou começou “mal e acabou ainda pior, daí não tirar uma vírgula ao que sempre falou”. Sobre o processo de construção exprimiu que “deveriam ter acompanhado o processo do inicio até ao fim para evitar o que aconteceu”.
Pronunciando-se sobre valores, informou que pelo “facto dos estaleiros não terem dado os navios a tempo e horas, a região importou 12 milhões de euros no afretamento dos navios em 2008 e 2009”.
“Feitas as contas o processo custou 57 milhões de euros, a região recebeu 40 milhões o que dá uma perda de cerca de 17 milhões”.
A terminar as intervenções a bancada do PS, informou que “estiveram sempre disponíveis para explicar o processo dos navios, realizando mesmo um debate na Assembleia Regional”. Assegurou que os “deputados do PSD nunca tiveram dúvidas sobre os processos porque desde sempre souberam que os barcos tinham problemas”.
A terminar questionou aquela bancada sobre as responsabilidades do estaleiro. Perguntou mesmo se “acham normal as responsabilidades não serem do estaleiro, e ele em poucos meses terem acordado com o governo?”
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