Governo dos Açores forma cerca de 300 profissionais da área da Saúde na abordagem a crianças vítimas de maus tratos
O Governo Regional, através do Comissariado dos Açores para a Infância, proporcionou formação a quase três centenas de profissionais da área da Saúde das ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Pico na abordagem a crianças vítimas de maus tratos no âmbito da prestação de cuidados, estando já previsto o início da formação dirigida a profissionais da área da Educação.
Os dados foram ontem revelados, na Horta, pela Secretária Regional da Solidariedade Social na abertura da última edição da ação de formação sobre 'Crianças Vítimas de Abusos: A Intervenção em Saúde', dirigida a 76 formandos das ilhas do Faial e Pico que são profissionais que exercem funções em entidades com competência em matéria de infância e juventude, na área da saúde, envolvidos nos cuidados e acompanhamento a crianças e jovens, nomeadamente médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas e outros profissionais daquelas equipas.
"Todos aqueles que são agentes nas escolas, na saúde, seja nos centros de saúde ou nos hospitais, desempenham um papel essencial no domínio da prevenção e da deteção de situações de perigo, o que torna evidente para o Governo dos Açores a necessidade de garantir que o fazem de uma forma devidamente capacitada".
Nesse sentido, adiantou que o Comissariado dos Açores para a Infância prosseguirá com o seu plano formativo, desta feita com ações dirigidas aos profissionais da área da Educação, com início previsto para novembro.
"É sempre com enorme satisfação que vemos a vontade que as pessoas têm de se sentir melhor preparadas para o exercício das suas funções", afirmou Andreia Cardoso, acrescentando que, "para trabalhar com crianças e jovens, não chega a boa vontade".
"É minha convicção que a inabilidade ou mesmo o amadorismo são altamente penalizadores do desenvolvimento das crianças", acrescentou.
O programa de formação tem como objetivos promover a qualificação da intervenção através da aquisição de conhecimentos e competências específicas no âmbito da intervenção destas entidades na promoção dos direitos e proteção das crianças, procurando, igualmente, dotá-las de instrumentos que sustentem a sua análise e decisão em relação às situações que lhes são reportadas ou de que têm conhecimento.
Sons Secretária Regional da Solidariedade Social