A cultura é uma estratégia de desenvolvimento e para tal tem que existir verbas disponíveis do orçamento regional para a cultura por forma a fomentar o teatro, o cinema e os livros, de uma forma geral, todas as artes performativas.
A garantia é de Vasco Pereira da Costa, escritor e ex-diretor regional da cultura que falava no sábado no programa Em Foco da Rádio Pico onde defende que têm de existir pelo menos 1% da verba global do orçamento da região para a cultura porque quando há crise esta é a área que mais sofre e um povo sem cultura e sem alfabetização é um povo mais triste, pobre e menos livre.
Segundo o ex-diretor regional, a cultura dá liberdade do discernimento que é saber ler o que o rodeia daí que o fomento das bibliotecas é indispensável mas tem que ser municiadas com novas obras e estratégias acreditando que os jovens são assíduos das bibliotecas.
Vasco Pereira da Costa defende que a cultura deve estar dependente da presidência do governo porque liberta a carga financeira que é necessária para a educação e devia estar associada a uma área governativa que englobasse o ambiente e o turismo porque o turismo é cultura e por outro lado para uma educação informal que não passa pela sala de aula.
Manuel Freire, cantautor e também convidado do programa Em Foco disse que a música pode não ser a melhor forma de passar uma mensagem mas garante que é eficaz uma vez que foi sempre usada desde o tempo dos trovadores para passar os escândalos da corte.
Manuel Freire, completa este ano 50 anos do lançamento do primeiro disco, nunca fez da música uma profissão, usando-a apenas para divulgar a poesia portuguesa e açoriana como obras de Vitorino Nemésio e José Saramago, devendo tudo isto a Zeca Afonso que abriu as portas a este género musical.