Decorreu esta terça-feira a assinatura do protocolo entre o Hospital da Horta e a Câmara Municipal da Madalena no âmbito da criação da Unidade de Hemodiálise de Cuidados Aligeirados no Centro de Saúde da Madalena.
Na cerimónia o presidente do Conselho de Administração do Hospital da Horta anunciou que a assinatura do protocolo, depois de ter sido realizada a visita do Colégio de Especialidade de Nefrologia, marca uma nova fase do processo que é o período de validação da Central de Tratamento de Água, onde será aferida a sua capacidade para produção de água com a qualidade exigida.
João Morais reforçou ainda que “não existe qualquer problema com as águas do concelho da Madalena”, explicando que “as águas utilizadas na hemodiálise exigem um controlo extremamente rigoroso para bem dos utentes”.
O presidente reconheceu que o processo foi mais lento do que esperado sobretudo por motivos que estiveram relacionados com o facto desta instalação “ser caso único à luz do atual quadro legal em vigor” e com a necessidade de garantir segurança a quem vai usufruir do espaço e a quem nele vai prestar cuidados.
A Unidade de Hemodiálise de Cuidados Aligeirados destina-se a doentes ilegíveis com critérios pré-estabelecidos, o que faz com que a grande maioria dos utentes que neste momento se deslocam à ilha do Faial possam realizar os seus tratamentos na ilha do Pico, mas “será sempre o seu estado clínico que será valorizado e determinante para definir o local onde farão os seus tratamentos”.
José António Soares, presidente da Câmara Municipal da Madalena, mostrou-se disponível para divulgar os dados necessários sobre a água do concelho e informou que em breve vão reforçar o abastecimento de água à Madalena com a entrada em funcionamento de mais um furo, cuja a água é de boa qualidade.
Por outro lado o diretor Regional da Saúde recordou que a hemodiálise no Pico representa um investimento de 165 mil euros e que atualmente são nove os doentes renais naturais da ilha do Pico que fazem hemodiálise no Hospital da Horta, sendo que três deles transferiram residência para o Faial.
Tiago Lopes frisou que a Unidade de Diálise vai trazer mais comodidade e qualidade de vida, evitando deslocações ao Faial.