Os produtores da ilha do Pico que se comprometeram a plantar castas de denominação de origem, na requalificação das suas vinhas, e que colocaram outro tipo de castas deviam de arrancá-las e meter as castas a que realmente se comprometeram como forma de garantir a autenticidade e a genuinidade dos vinhos do Pico.
A opinião é de Losménio Goulart, presidente da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico que falava sábado no programa Em Foco da Rádio Pico.
O presidente adiantou que a ação de fiscalização que está a ser feita é fundamental e defende que no ato da entrega das uvas nas adegas deviam de estar técnicos da CVR a acompanhar para que cada casta tivesse o seu encaminhamento correto.
O presidente recordou que a cooperativa está a fazer um levantamento das castas e área dos seus produtores para terem a noção da produção no futuro e melhorar a receção das uvas e adequar o vasilhame a essa produção.
Losménio Goulart recordou que atualmente a cooperativa tem uma capacidade máxima de produção de cerca de 900 toneladas de uvas e que no ano passado produziu cerca de 400 toneladas, sendo que destas 120 toneladas foram destinadas a vinho de cheiro.
A cooperativa tem vindo a crescer e a melhorar a qualidade dos vinhos e prova disso foi a eleição da cooperativa do ano e os vários prémios atribuídos pela revista grandes escolhas.
O presidente informou que atualmente a instituição tem mais de 150 produtores no ativo e defende que os sócios que estão a vender uvas para outras adegas porque o valor é mais alto, não estão a contribuir para o desenvolvimento da sua cooperativa. Assim é preferível não ser sócio da adega para que a cooperativa possa saber com quem pode contar.