A Região teve conhecimento que a quota do Goraz irá ter um corte de 23 toneladas em 2020, situação que indignou a Federação das Pescas dos Açores (FPA), considerando os recentes pareceres do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM) que apontam para a recuperação do stock desta espécie nos Açores. Este aumento deve-se essencialmente à boa gestão das capturas por parte dos profissionais da pesca e com estes pressupostos, a FPA defendeu junto das instâncias internacionais que a quota para o próximo ano deveria ser igual ou superior à de 2019.
Assim, a FPA não aceita a justificação apresentada para esta redução, enquanto medida de precaução para a pescaria da espécie em toda a União Europeia, pois os Açores têm realizado um grande esforço na gestão deste recurso, seja com a introdução de tamanhos mínimos de captura e períodos de defeso à pesca, bem como, com a utilização de artes de pesca artesanais e seletivas.
Uma vez que a União Europeia tem conhecimento destas boas práticas, a Federação considera que os pescadores açorianos estão a ser discriminados, pois uma das consequências desta medida é a redução dos seus rendimentos.