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A opinião é do Subsecretário Regional das Pescas, Marcelo Pamplona, e foi avançada hoje, na Horta, onde o Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores procedeu à apresentação de resultados relacionados com a experiência de investigação pesqueira que está a efectuar no banco Condor.
Em declarações aos jornalistas à margem daquela apresentação, Marcelo Pamplona adiantou que, com a concordância da Associação de Pescadores do Faial, o banco Condor foi fechado à pesca, por dois anos, para que pudesse ser estudada a biologia marinha que ali existe, em toda a coluna de água.
Segundo explicou, a ideia é perceber como funcionam os mecanismos de reprodução daquele habitat marinho, que agora está a ser estudado em profundidade pelo DOP, sendo que o projecto precisa de ser avaliado para se saber quais os benefícios que esta pausa na pesca introduz naquela área marinha protegida.
Para Marcelo Pamplona, é importante conhecer as vantagens que podem advir de criarmos pequenas áreas protegidas que permitam a reprodução e o aparecimento de determinadas espécies, para que, no futuro, a pesca possa ser melhor ordenada, garantindo a sua perenidade.
Por portaria do Subsecretário Regional das Pescas, a pesca no banco Condor – salvo em casos devidamente autorizados – está proibida desde 1 de Junho deste ano até 30 de Abril de 2012 para garantir a plena execução do projecto “Observatório para o estudo de longo prazo e monitorização dos ecossistemas de montes submarinos nos Açores – CONDOR”.
Coordenado pelo DOP, este projecto multidisciplinar contempla a instalação no banco Condor de uma estação científica de observação permanente, considerada da maior relevância para o conhecimento daquela zona marinha.
Para além do levantamento de toda a fauna existente na zona, desde as bactérias às baleias, este projecto incide ainda em áreas tão diversas como a oceanografia, a microbiologia, a ecologia, o mapeamento de habitats e as pescas.
Ao longo de 2009 e 2010, a campanha realizada no banco Condor conta já com 97 dias de mar, durante os quais foram utilizados os navios de investigação “Arquipélago”, “Noruega” e “Gago Coutinho” e ainda os veículos submarinos de controlo remoto (ROV - Remotely Operated Vehicle) “Águas Vivas” e “Luso”.
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