Segundo o Açoriano oriental que sita a Agência Lusa, o investimento na substituição dos cabos submarinos de comunicação eletrónica entre o continente, os Açores e Madeira é de 118,9 milhões de euros, uma obra que deverá estar concluída em 2024 e 2025, respetivamente, segundo diploma publicado.
Segundo o despacho publicado em Diário da República, que determina que se inicie o processo de substituição do atual sistema de comunicação eletrónica entre o continente e as ilhas, “a construção do anel CAM deverá ser considerada como projeto prioritário, para efeitos de acesso a financiamento da União Europeia”, estimando-se que o valor do investimento seja de 118,9 milhões de euros.
O Governo quer, ainda, que o novo sistema de cabos submarinos de titularidade pública esteja operacional em 2024 para os Açores e 2025 para a Madeira.
Para tal, a IP Telecom, responsável pelo investimento, tem de “lançar o concurso público internacional até ao final do ano de 2020 e adjudicar a construção e instalação até ao final de 2021, sendo expectável um prazo de dois anos para a instalação física”.
O novo conjunto de infraestruturas de cabos submarinos CAM vai dispor de seis pares de fibras óticas em todos os segmentos, complementado por um par de fibras óticas, a partir da Madeira, e deverá ser dotado de equipamento de deteção sísmica, “para produção de alertas, de medições ambientais, de deteção de atividade náutica submarina e de transmissão de dados de projetos científicos”.
As comunicações eletrónicas entre o território de Portugal continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira são atualmente asseguradas através de um sistema de cabos submarinos: dois a partir de Carcavelos, um para a ilha de São Miguel e outro para a ilha da Madeira, e um terceiro entre São Miguel e a Madeira (o conjunto designado “anel CAM”), num total de 3.700 quilómetros.