O presidente indigitado para o Conselho de Administração da Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA), Nuno Pimentel, definiu ontem que uma das metas para o grupo EDA passa por uma aposta no "aumento das energias renováveis".
No âmbito de uma audição na comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Nuno Pimentel referiu que se pretende desta forma "contribuir para o desenvolvimento sustentável dos Açores", tendo a empresa definido como meta para 2025 atingir uma taxa de penetração das renováveis de 60%.
O gestor apontou como outros objetivos no seu mandato a "prestação de um serviço de qualidade" no fornecimento de energia e a "salvaguarda da solidez financeira" da empresa.
A EDA, responsável pela distribuição da energia elétrica nos Açores, é detida pela Região Autónoma dos Açores em 50,1% do seu capital, sendo os outros acionistas a ESA - Energia e Serviços dos Açores, (39,7 %), a EDP (10 %) e pequenos acionistas e emigrantes (0,2%).
De acordo com dados da EDA, de janeiro a dezembro de 2020 "verificou-se um decréscimo da emissão de energia de 3,1% comparativamente a igual período do ano transato".
A emissão de energia geotérmica registou um crescimento de 0,9% em comparação com igual período do ano anterior, representando 25,1% da emissão total da EDA.
No período em análise, a emissão de energia elétrica na área de influência da EDA, ascendeu aos 769.227 MWh, sendo 40,4% de origem renovável e 59,6% de origem térmica, da qual, 52,4% foi obtida de emissão a fuel e 7,2% de emissão a gasóleo.