Cinco meses depois da apresentação do projeto, a empresa Conseran - Conservas do Atlântico Norte lançou ontem a primeira pedra para a nova unidade fabril a construir na ilha do Pico.
O projeto foi apresentado pela ALICONTROL Lda e cabe à Tecnovia Açores a realização da mesma.
A nova unidade fabril fica localizada no Farrobo, freguesia das Bandeiras, e tem um investimento de cerca de 16 milhões de euros, prevendo-se criar mais de 100 postos de trabalho.
Pedro Guerra na apresentação do projeto informou que esta nova unidade, conta com zona de estacionamento, área de recepção de peixe, câmaras de refrigeração e de descongelação, zonas de cozedura, câmaras de arrefecimento, duas linhas de preparação de pescado, cinco linhas de enchimento de latas, zona de embalamento e armazém.
José Maria de Freitas, gerente da Conseran, recordou o processo para a construção da nova fábrica, que teve inicio à cerca de um ano, e afirmou que isto só foi possível graças ao empenho de várias entidades e organismos.
Teresa Coelho, Secretária de Estado das Pescas, destacou o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos das Pescas e Aquicultura 2021-2027, um dos instrumentos centrais para o financiamento e desenvolvimento das pescas. Este fundo vai ter uma verba global de cerca de 394 milhões de euros, 100 milhões dos quais destinados às regiões autónomas.
José Manuel Bolieiro, presidente do governo admitiu que ontem foi um dia histórico para o futuro, e garantiu que esta nova aposta, abre um novo ciclo na economia dos Açores e na economia do mar.
Recorde-se que a Conseran foi criada em março do ano passado e é detentora da marca "chamarrita", uma marca registada em setembro, aquando da apresentação pública da empresa no Auditório da Madalena.
A nova unidade fabril deve estar a laborar dentro de um ano. No primeiro ano de atividade vai transformar cerca de 13 milhões de latas, devendo atingir em 2025 os 21 milhões de latas.