O Auditório da Madalena recebeu ontem o Encontro Fora da Caixa Açores.
Paulo Moita de Macedo, Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos falou sobre a evolução dos mercados e perspectivas futuras.
O presidente perspetiva que as taxas de juro vão subir e adiantou que apesar da divida publica ter aumentado nos últimos anos, os privados desceram a divida estando ao nível da média europeia.
José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional dos Açores em entrevista a Manuel Carvalho falou sobre os Açores, periferia da europa ou centro do mundo transatlântico.
O presidente do Governo Regional recordou que os Açores foram o centro do mundo e deu como exemplo o café Peter, mas recordou que na história os Açores também foram marcados pela desistência e abandono e destacou a Base das Lajes.
Sendo fundamental encontrar soluções como o princípio da coesão territorial o presidente do Governo afirmou que os Açores são uma referência para o mundo e deu como exemplo o mar e a investigação, mas defende que é preciso potenciar outras áreas.
Realidade sísmica e vulcanológica dos Açores, evolução e medidas de resposta foi outro dos painéis que fizeram parte da sessão.
João Azevedo presidente da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica disse que os sismos vão continuar a ocorrer em todas as partes do mundo. Para diminuir o impacto é fundamental conhecer a perigosidade e estudar a terra. É preciso também ter a certeza que o que se constrói é bem construído e intervir nos edifícios mais vulneráveis.
João Gaspar coordenador do gabinete do CIVISA e reitor da Universidade dos Açores admitiu que os Açores são um laboratório natural de sismos e vulcões porque é algo que nos acompanha dia a dia.
Rui Marques, do IVAR falou sobre o trabalho realizado em São Jorge e do reforço de equipamentos para monitorizar a crise sismo vulcânica que está a acontecer naquela ilha.
No painel dedicado aos oradores do Pico, intitulado as potencialidades de uma economia exótica, Benedita Branco, sócia da Lava Homes, falou sobre o seu negócio que contempla 14 casas de lava, restaurante e a adega do fogo. O grande desafio passa pela falta de mão-de-obra e o combate à sazonalidade.
José Guilherme, administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos, falou sobre o potencial crescimento da economia dos Açores.
Losménio Goulart, presidente da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, abordou o seu percurso e o dos vinhos da cooperativa defendendo que é fundamental reestruturar a adega e apostar cada vez mais na valorização e no enoturismo.
Roberto Lino sócio da Azores X, reconhece que ainda há muito trabalho de gestão e marketing por fazer, admitindo ser fundamental continuar a investir na modernização da indústria digital porque só assim é que se consegue cativar os jovens para a região e deixou um desafio aos empresários.
O Encontro Fora da Caixa terminou com uma conversa entre Pedro Abrunhosa e Tiago Pitta e Cunha (prémio pessoa 2021).