“O Programa de Governo tem como prioridades a criação de emprego e o apoio às famílias”. As palavras são de Vasco Cordeiro, presidente do governo regional e têm como objectivo “fazer face às consequências sociais da conjuntura financeira e económica que a Região atravessa”. O presidente afirmou que no fundo o programa do governo "é composto pelos compromissos que o Partido Socialista apresentou aos açorianos durante o acto eleitoral". Muitas foram as dúvidas das bancadas da oposição sobre o programa do governo. Os deputados questionaram o executivo regional, sobre a revisão da lei das finanças regionais, os despedimentos na função pública e a divida no sector da saúde que ronda os mil milhões de euros. Vasco Cordeiro respondendo garantiu que “não vão existir despedimentos na função pública” e que “a Região vai encontrar sustentabilidade para a divida da saúde”. O Bloco de Esquerda (BE) e o PCP já anunciaram que vão votar contra o documento porque entenderem que não corresponde às promessas feitas pelos socialistas durante a campanha eleitoral. A bancada do PSD ainda está a avaliar o documento e o deputado do PPM, Paulo Estevão, escusou-se a revelar qual será o sentido de voto do seu partido, embora não se espere que nenhum deles vote a favor. Artur Lima, do CDS/PP, foi o único a dizer que vai esperar pelo final do debate para só depois se pronunciar sobre o Programa do Governo, por entender que o seu partido, quer “aguardar pelas explicações” dos membros do executivo, sobre algumas matérias que estão no documento. Os próximos dias de plenário vão ser acompanhados pela Rádio Pico.