A Assembleia Municipal das Lajes do Pico (AMLP) rejeitou ontem uma proposta que previa a contratação de um empréstimo bancário de meio milhão de euros que se destinava a reparar as paredes do Caminho Velho do lugar das Terras. Segundo Roberto Silva, presidente da autarquia, no próximo Quadro Comunitário de Apoio será mais difícil pedir financiamento para este tipo de intervenções. Um facto que o presidente considera ser mais do que suficiente para “aproveitar a oportunidade” criada por uma resolução do Conselho de Ministros que autoriza as autarquias açorianas afectadas pelas intempéries de 14 de Março a ultrapassarem os limites de endividamento. Mas para a oposição, que acusou o presidente de estar a ser “oportunista”, os estragos das paredes das Terras remontam ao ano de 1998, quando o concelho foi atingido por um sismo e não às últimas intempéries. Os deputados do PSD defendem ainda que seria uma grande irresponsabilidade aumentar a dívida da autarquia que neste momento ultrapassa os nove milhões de euros e consideram que as paredes do Caminho Velho podem ser reparadas pela Junta de Freguesia. Por outro lado, Roberto Silva garante que a Junta de Freguesia não tem capacidade para fazer uma intervenção desta envergadura e considera que a decisão do PSD é "político-partidária" e que prejudica gravemente a população do lugar das Terras e da freguesia das Lajes. A proposta foi rejeitada com dez votos contra da bancada do PSD e com sete votos a favor e uma abstenção da bancada do PS.