A segunda edição do livro “A Freguesia de São João Batista da Ilha do Pico – Na tradição oral dos seus habitantes”, da autoria de Manuel Alexandre Madruga, vai ser apresentada amanhã na ilha do Faial. A apresentação é no Auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça e surge no ano em que se assinala o centenário do nascimento de Manuel Alexandre Madruga. A obra traça em 69 páginas um importante retrato etnográfico da freguesia de São João que começa no início do séc. XVII e termina no final da década de 50 do séc. XX. A construção da primeira habitação, a captação de água, a formação das Companhias de Cima e de Baixo, a igreja paroquial, o aparecimento da indústria e do comércio, o vestuário, as erupções vulcânicas, a fome e a emigração são alguns dos vários acontecimentos marcantes da história da freguesia de São João que estão retratados no livro. Manuel Alexandre Madruga era natural da freguesia de São João e foi professor e reitor do Liceu Nacional e da Escola do Magistério Primário da Horta entre 1940 e 1970. Era licenciado em desenho pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e faleceu em fevereiro de 1997. A apresentação do livro está a cargo do professor José Azevedo, que foi seu aluno no Liceu e no Magistério Primário da Horta, e a edição póstuma é da responsabilidade de Margarida Madruga, uma das suas filhas. A obra foi apresentada em 2012 na Semana dos Baleeiros nas Lajes do Pico e na altura o historiador Ermelindo Ávila apresentou a obra e disse que o livro é a “primeira monografia histórica da freguesia de São João do Pico”.