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O Colóquio decorrerá durante o dia 30 de Julho no Auditório da B.P.Arquivo Regional João José da Graça, sobre a temática Análise Histórica e Memórias, e a exposição A Horta dos Cabos Submarinos, será inaugurada naquele dia na Sala Polivalente do mesmo organismo, e estará patente ao público até 31 de Agosto.
Da temática subjacente a esta iniciativa, destaca-se que no século XIX, após já ter sido efectuada uma ligação directa entre a Europa e a América por cabo submarino, os Açores dada sua posição geográfica no Atlântico foram disputados pelas potências internacionais para o estabelecimento de uma ligação intermédia entre os dois continentes.
A partir de 1855 o Governo Português receberia diversas propostas e projectos, quer a título individual, quer por parte de companhias privadas, mas este tornou-se um processo decisório moroso, dadas as rivalidades internacionais e o domínio da diplomacia britânica sobre o Estado Português.
Só a 22 de Agosto de 1893, se completava a ligação entre Carcavelos - Ponta Delgada - Horta, mediante um contrato com a Telegraph Construction and Maintenance Company, a partir do qual começariam a desenvolver-se novos projectos de lançamento de uma rede de cabos submarinos ligando o arquipélago ao continente português, e daí a outras partes do mundo.
A ilha do Faial revelar-se-ia o principal ponto intermédio de ligação no Atlântico Norte, ficando ligada à Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, Irlanda, Cabo Verde, Itália e França. As empresas internacionais de cabo submarino mantiveram-se na Horta durante 76 anos, entre 1893 e 1969, e esta singularidade da ilha do Faial na confluência das rotas dos cabos que cruzam o Atlântico Norte, alterou o seu "modus vivendi" como a projectou no âmbito do domínio global das comunicações.
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