Rodolfo Franca realçou esta quinta feira que o Governo Regional está a “asfixiar a Cultura dos Açores”, com os seus “sucessivos atrasos e cortes no financiamento”, traduzidos numa “redução drástica dos apoios à Cultura nos Açores”.
O deputado socialista falava à saída de uma reunião entre o grupo parlamentar do PS e o grupo de teatro amador “Alpendre”, uma das muitas instituições que desconhecem ainda se terão qualquer apoio do Governo Regional.
“O Governo Regional tem asfixiado a Cultura na Região, em vez de ser o seu promotor e incentivador, lembrando que a Cultura é muito importante para os residentes, mas também para o turismo da Região, para aqueles que nos visitam”, sublinhou o socialista.
Relembrando a atividade socialista, o deputado relembrou que “em 2020 os apoios do Governo Regional, na altura socialista, ascendiam a 2,7 milhões de euros, tendo tido uma execução de mais de 90%”. No entanto, neste ano de 2023, “este Governo destinou menos de 2 milhões de euros a este setor e, no primeiro trimestre do ano, a execução não chegou aos 25%”, criticou.
Rodolfo Franca lembrou ainda que em 2023 houve “um corte de 30% nos apoios à Cultura em relação a 2022”, para além do “corte transversal de 25% na cativação que está prevista pela Secretaria Regional das Finanças” e que chegado o mês de julho, mês dos festivais, ainda há “todo um conjunto de agentes culturais Açorianos que aguardam por saber a que apoios terão direito para 2023”, acrescentou.
Criticando as constantes mudanças no setor cultural, o socialista afirma que “não há um apreço nem um caminho claro deste Governo em relação à Cultura (…) como noutras áreas, (onde) não há um trabalho contínuo, não há um trabalho sustentado, não há um trabalho pensado e isso está a puxar Cultura dos Açores para trás”.
"Não vemos uma intenção do Governo Regional de, com seriedade, ajudar este tipo de instituições. Até porque os atrasos no pagamento de apoios são reiterados ano após ano e isso é completamente asfixiante, quando falamos de instituições que vivem de pequenos apoios e isso pode fazer com que, no ano seguinte, estas instituições pensem duas vezes se querem, ou não, voltar a abrir portas. E sem estas instituições, ficamos todos mais pobres”, finalizou Rodolfo Franca.
PS/RP